RUBIACEAE

Bradea anomala Brade

Como citar:

Raquel Negrão; Rodrigo Amaro. 2017. Bradea anomala (RUBIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

8,491 Km2

AOO:

16,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Estado do Espírito Santo (Jardim, 2012). É conhecida em apenas duas localidades: a Pedra da Caveira da Anta, em Alegre; e a área do Parque Estadual do Forno Grande, em Castelo (Oliveira et al. 2016, no prelo).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2017
Avaliador: Raquel Negrão
Revisor: Rodrigo Amaro
Critério: B2ab(i,ii,iii,iv);C2a(i)
Categoria: EN
Justificativa:

A espécie de hábito herbáceo-suarbustivo apresenta distribuição restrita (AOO=20 km²) associada a especifidade de habitat em afloramento granítico, em locais com fino acúmulo de solo, ocorrendo entre Alcantarea extensa (L.B.Sm.) J.R.Grant e espécies de Vriesea (Bromeliaceae), Clusia (Clusiaceae) e Melastomataceae (Oliveira et al. 2016, no prelo). Está sujeita a três situações de ameaça considerando suas ocorrências na localdiade Pedra da Caveira, município de Algre e em duas localidades sob diferentes impactos do turismo no Parque Estadual do Forno Grande, município de Castelo. Com cerca de 3 subpopulações, é relativamente abundante no Parque Estadual do Forno Grande (Oliveira et al. 2016, no prelo), apresentando mais de 150 indivíduos na maior subpopulação. Atividades de lazer e turismo que implicam declínio continuo da qualidade de habitat representam uma ameaça de maior intensidade para as subpopulações da Pedra da Caveira e da Trilha das Piscinas no PE do Forno Grande, uma vez que as demais subpopulações estão em afloramento e áreas mais distantes e de maior altitude. A fragmentação e perda de habitat também são ameaças de alta intensidade no estado do Espirito Santo e especificamente para o município de Castelo, onde restam apenas 17% da cobertura original de Mata Atlântica (SOS Mata Atlântica/ INPE 2011; Simonelli e Fraga, 2007). Considerando as ameaças incidentes e que apenas uma das localidades apresentou registros recentes após expedições direcionadas à busca da espécie, estima-se declínio contínuo de EOO, AOO, qualidade de habitat e de subpopulações.

Quantidade de locations: 3
Possivelmente extinta? Não
Razão para reavaliação? Taxonomy
Justificativa para reavaliação:

A Especialista Juliana A. Oliveira, em publicação de revisão do Gênero Bradea (Oliveira et al., no prelo), solicitou reavaliação da espécie, indicando novas ocorrências da espécie e, em diferentes localidades.

Houve mudança de categoria: Sim
Histórico:
Ano da valiação Categoria
2012 CR

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro IX. 16. 1949. Material Tipo depositado no Herbário RB, coletado por A.C. Brade (19271b) em 1948, no Estado do Espírito Santo, Município de Castelo, Forno Grande.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Número de subpopulações: circa • 3
Número de indivíduos na maior subpopulação: greater then • 150
Detalhes: A espécie é abundante no Parque Estadual do Forno Grande (Oliveira et al. 2016, no prelo).
Referências:
  1. Oliveira, J.A.; Jardim, J.G.; Forzza, R.C. 2016, no prelo. Revision of Bradea Standl. (Coussareeae, Rubiaceae): a neglected genus from rocky outcrops of the Atlantic Rainforest, Brazil

Ecologia:

Substrato: saxicolous
Forma de vida: herb, subshrub
Fenologia: perenifolia
Longevidade: unkown
Luminosidade: heliophytic
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Vegetação sobre afloramentos rochosos
Fitofisionomia: Afloramento Rochoso
Habitats: 6 Rocky Areas [e.g. inland cliffs, mountain peaks]
Clone: no
Rebrotar: unkown
Detalhes: Ocorre em afloramento granítico, em locais com fino acúmulo de solo, entre Alcantarea extensa (L.B.Sm.) J.R.Grant e espécies de Vriesea (Bromeliaceae), Clusia (Clusiaceae) e Melastomataceae (Oliveira et al. 2016, no prelo).
Referências:
  1. Oliveira, J.A.; Jardim, J.G.; Forzza, R.C. 2016, no prelo. Revision of Bradea Standl. (Coussareeae, Rubiaceae): a neglected genus from rocky outcrops of the Atlantic Rainforest, Brazil

Reprodução:

Fenologia: flowering (Jan~Oct), fruiting (Jan~Oct)
Síndrome de dispersão: anemochory
Estratégia: unknown
Sistema sexual: hermafrodita
Sistema: unkown
Referências:
  1. Oliveira, J.A.; Jardim, J.G.; Forzza, R.C. 2016, no prelo. Revision of Bradea Standl. (Coussareeae, Rubiaceae): a neglected genus from rocky outcrops of the Atlantic Rainforest, Brazil

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
O principal fator responsável pela extensiva lista de espécies ameaçadas no ES éa fragmentação de seus ecossistemas (Simonelli; Fraga, 2007). No município de Castelo (ES) restam apenas 17% da cobertura original de Mata Atlântica (SOS Mata Atlântica INPE 2011).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 6.1 Recreational activities habitat past,present,future local
A Pedra da Caveira da Anta vem sendo utilizada como ponto de lazer e turismo, o que pode acarretar na perda da qualidade do habitat, afetando a população nesta localidade.
Referências:
  1. Oliveira, J.A.; Jardim, J.G.; Forzza, R.C. 2016, no prelo. Revision of Bradea Standl. (Coussareeae, Rubiaceae): a neglected genus from rocky outcrops of the Atlantic Rainforest, Brazil

Ações de conservação (2):

Ação Situação
Espécie considerada Criticamente (CR) em perigo para a flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie ocorre na UC de proteção integral Parque Estadual do Forno Grande.